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Peter Quill é retirado da Terra no meio dos anos 80 por saqueadores espaciais e se torna um deles. Pela recompensa por sua cabeça e por consequência do roubo de um orbe misterioso, Peter conhece o "guaxinim" Rocket e seu guarda-costas Groot; a maravilha intergaláctica Gamora e o prisioneiro Drax. E esse grupo inusitado se junta para impedir os planos destrutivos de Ronan, o Acusador.
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É bem claro, mesmo para os olhos menos atentos, que a Marvel vem patinando, desde Os Vingadores, em busca do acerto de um tom para seus filmes. Eles não eram muito bem definidos, pairavam entre uma comédia boba e um trama séria "pero no mucho". Você tem algumas coisas boas como o "Puny God" (famosa frase do Hulk) e algumas coisas terríveis, como o Homem de Ferro 3 e o Thor 2. Mas nada que fosse muito bem definido.
Com tal histórico, o que poderíamos esperar de um filme que tem como protagonistas heróis genéricos e praticamente desconhecidos pelo grande público? Nenhuma grande coisa, eu presumo. Mas assistir Guardiões da Galáxia foi uma experiência surpreendentemente positiva.
Parece que agora é oficial: A Marvel Studios se encontrou!
É inegável que Capital América 2: o Soldado Invernal - com sua trama séria sobre espionagem, medo e liberdade - foi o início dessa revolução. Seu tom já estava muito bem definido e, até o momento, havia sido o único acerto deste segundo arco da Marvel. Guardiões da Galáxia veio no mesmo ano e com a mesma qualidade, pra mostrar que eles não acertaram por sorte e já estão prontos para emplacar tanto histórias sérias quanto comédias absurdas.
É preciso deixar claro que, com o sucesso dos próprios Vingadores, a Marvel teria total liberdade para arriscar de todas as formas possíveis antes do Evento Final de seu segundo arco nos cinemas: Vingadores 2: A Era de Ultron. A liberdade é tanta e o nível de aposta é tão alto, que os caras decidiram finalizar o arco com Os Guardiões da Galáxia, um dos filmes mais divertidos de 2014. Quem já imaginou que um guaxinim maluco e uma árvore humanoide roubariam tanto a cena em um filme de heróis?
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Agora que toda a celebração está explicada, vamos falar sobre o filme em si, que é o que importa aqui.
O filme conta com um elenco bem bacana ainda seguindo a linha de casting da Marvel, que mistura muita gente do cinema com a galera da televisão. Entre os nomes estão: Chris Pratt como Peter Quill, Zoe Saldana como Gamora, Bradley Cooper como o sensacional Rocket, Vin Diesel na pele de Groot e Dave Bautista como o destruidor Drax.
O departamento de música é um misto muito grande de sensações e, muito provavelmente, um dos maiores trunfos do filme. Se apropriando de vários sucessos dos anos 80, contidos na Awesome Mix Vol.1 do walkman de Peter, a trilha sonora é um show à parte. Por outro lado, a trilha incidental do filme é bem fraca e, apesar de se esforçar bastante, não se destaca.
Visualmente, o filme é sensacional. A apresentação de um planeta humanoide parecido com a Terra foi um jogada muito esperta, pois ao mesmo tempo que vários elementos nos são comuns, em outros casos, a imaginação pode rolar solta. O estúdio ganhou bastante liberdade para criar.
Além disso, a paleta de cores do filme é muito viva e, apesar de não ser incomum, como as que Wes Anderson usa, ela se destaca. Foge bastante dessa nova geração de filmes de heróis, que costumam ser envoltos em camadas de cinza.
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Outro ponto positivo é que a Marvel apostou muito alto e não poupou gastos. O estúdio caprichou na modelagem 3D dos personagens e dos cenários. Nos pareceu muito crível que um guaxinim e uma árvore realmente pudessem ser heróis intergaláticos.
Só não espere muito em relação à trama, porque ela é deveras simplória. O vilão Ronan é demasiado caricato e causa um pouco de vergonha nos momentos em que está em cena. Não há nenhuma surpresa em sua motivação e em seu objetivo, é apenas algo parecido com o que você já viu em algumas dezenas de filmes. Apesar disso, todos os personagens tem níveis similares de momentos interessantes em tela. Menos o Rocket. O Rocket sempre rouba a cena.
Um grupo de anti-heróis, que não se gostam, mas se juntam meio que sem querer por um objetivo em comum. Se você um dia jogou RPG, provavelmente já passou por isso. Também é assim que esse grupo carismático se junta. É muito divertido de se ver.
O filme é recheado de clichês, mas não pense que isso é um ponto negativo. Quando um clichê é apresentado, momentos depois há uma quebra de expectativa que te leva às gargalhadas. É como se a Marvel estivesse nos dizendo: "Nós sabemos que isto é clichê, mas também sabemos o que estamos fazendo."
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Guardiões da Galáxia traz influências maravilhosas e homenagens a longa-metragens mais antigos. Como Peter Quill é oitentista e não voltou à Terra desde que foi abduzido, ele é responsável por trazer ao filme essa nostalgia dos anos 80. Algumas referências são jogadas na sua cara, como por exemplo, quando ele diz que quer ser como o Kevin Bacon em Footloose e mudar a opinião das pessoas.
Outras referências são mais sutis: como algumas piadas típicas de Indiana Jones e trazer de volta, com muito bom humor, o clima de Star Wars. Cada alienígena tem sua peculiaridade, e é mais interessante do que exagerado. As batalhas espaciais são dignas de destaque e cada nave tem um design único e fascinante.
É um filme que certamente vale a pena ser visto no cinema, depois em casa e sempre que você quiser se divertir. Guardiões da Galáxia (assim como Capitão América 2), está aí para provar que podemos esperar grandes coisas da Marvel. E que venha Vingadores 2: A Era de Ultron.
Aqui nós separamos algumas ofertas da Marvel pra você.