SINOPSE
Rayford é um piloto de avião que parte para pilotar um vôo, no dia de seu aniversário. Nesse mesmo dia, milhões de pessoas desaparecem misteriosamente do Mundo inteiro, enquanto Rayford tenta realizar um pouso, com os passageiros histéricos e um tanque sem gasolina.
E a resposta para a pergunta "Nicolas Cage: Bom ou Ruim?" vem dos céus.
O filme é dirigido por Vic Armstrong e tem Nicolas Cage, Chad Michael Murray e Lea Thompson entre os principais nomes do elenco. Jack Lenz é culpado pela trilha sonora, Jack N. Green é culpado pela fotografia e o bipolar Michael J. Duthie fica responsável pela montagem.
Nicolas Cage sempre foi um mistério para a humanidade. Não se sabe se ele é um ator bom, se é um ator ruim, se é muito ruim ou se é um ator genial, que consegue fingir que é ruim, quando precisa. Uma boa parte dessa fama se dá pelos projetos que ele pega, geralmente participando de filmes tão ruins que, mesmo que sua atuação esteja boa, parece que foi ruim.
Com O Apocalipse (Left Behind) não é diferente: o filme, que parece ser o remake de uma adaptação de um romance, que ficou chamado no Brasil como Deixados Para Trás, é apocalítico, assim como seu tema. Aqui, Cage interpreta um piloto que não tem muito a mostrar e, consequentemente, acaba não mostrando muito. Por ser o principal nome no elenco, ele acaba tomando algumas cenas para si, mas o verdadeiro protagonista parece ser o jornalista Buck Williams, interpretado por Chad Michael Murray.
O tema, convenhamos, é interessante: em um determinado dia, várias pessoas somem da Terra, num piscar de olhos, porque foram salvas, através do Arrebatamento, do caos e da destruição que vão tomar o planeta. Aliás, o filme no qual O Apocalipse foi baseado, tem algumas continuações em que o Anticristo já tá na Terra tocando o terror. Tá na cara que é ruim, mas fiquei, no mínimo, interessado.
Como eu disse, as atuações não estão nem acima e nem abaixo do que as personagens pedem (no caso dos três principais, porque os outros atores são fracos). Além disso, a trilha sonora não ajuda e nem atrapalha. É quase inexistente, pra ser sincero.
A montagem do filme, por não ser comumente ruim, merece um parágrafo separado. É tão bipolar, que é interessante. Alguns cortes são normais e alguns cortes são muito acertados, dando um ritmo muito bom para o filme e dando, também, a impressão de que as pessoas sabem o que tá acontecendo. Por outro lado, alguns cortes são tão ruins, bregas e tão estranhos que incomodam muito. A cena em que acontece o arrebatamento, por exemplo, provavelmente vai atormentar por algum tempo, quem viu o filme.
Em resumo, O Apocalipse é um filme tão ruim que é quase divertido.