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SINOPSE
Quando os supervilões de Gotham unem forças para tomar o controle da cidade e o cavaleiro das trevas precisa novamente lutar pela justiça, o homem morcego se vê outra vez em sua solitária jornada contra o crime, frente a guerra iminente, Batman utiliza seu maior apetrecho: o Batmóvel.
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"Eu sou a vingança! Eu sou a noite! Eu sou o Batman!"
O verso da capa de Arkham Knight traz a seguinte frase “seja o Batman”. Talvez essa sentença seja apenas uma frase vazia de marketing, no entanto não há preguiça nela; pois, acredite, em Arkham Knight você é o Batman. Produzido pela Rocksteady e distribuído pela Warner, Batman: Arkham Knight chegou para PS4, Xbox One e PC (embora essa última opção tenha apresentado vários problemas em seu lançamento).
A franquia Arkham conquistou um lugar importante na história dos videogames, trouxe consigo uma mecânica que já é referência e objeto de inspiração para outros jogos. Tanto o combate quanto o sistema “detetive” são pontos fortes que tornam verdadeira a frase “seja o Batman”. A forma como a produtora Rocksteady adaptou um herói de quadrinhos para algo com elementos semelhantes e equivalentes ao conhecido por suas obras em papel é no mínimo inteligente e, dessa forma, o novo jogo cumpre a promessa de encerrar a franquia Arkham. Sendo necessário ter jogado seus antecessores para compreender parte da história, o novo Batman renova velhas mecânicas e continua a surpreender em sua história repleta de ação e reviravoltas. Sem dúvidas Arkham Knight alcançou o ápice da série.
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Comentei com amigos (e no CCN Indica #01) que alguns desfechos em Arkham Knight são de cair o queixo e que consigo imaginar roteiristas e produtores da linha editorial da DC Comics sentindo uma pontada de inveja pela ideia aplicada na história do jogo. Não estou exagerando, simples detalhes na trama do modo história têm a coragem de alterar o personagem do homem morcego irreversivelmente, deixando inclusive que o espectador interprete o final dessa história.
A história de Batman: Arkham Knight nos coloca novamente em confronto com o vilão Espantalho - o qual possui o plano de espalhar o medo por toda Gotham com sua terrível toxina. O terror tem início já nas consequências da morte do Coringa no jogo anterior (esse detalhe é revelado em teasers, trailers e na própria abertura de Arkham Knight), o Cavaleiro das Trevas é levado a extremos e por diversas vezes a trama beira os abismos da insanidade que aflige o homem morcego. Não fosse por seu Batmóvel, diria que nem o próprio Batman seria capaz de enfrentar o pandemônio que Gotham se torna. E por falar em Batmóvel, eis a outra estrela de Arkham Knight.
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Inicialmente mencionei que os jogos da série Batman pela Rocksteady possuem uma mecânica marcante na indústria de videogames. Agora, imagine repetir essa mesma fórmula em três jogos sem torna-la repetitiva. Acredito que é nesse momento em que o Batmóvel surge. O veículo não serve apenas para auxiliar o Cavaleiro das Trevas em sua fatigante missão, mas também para não tornar repetitiva a experiência de cruzar o mapa de mundo aberto, combater inimigos ou até mesmo resolver puzzles deixados na cidade pelo Charada.
Compondo a imersão, as músicas e efeitos sonoros auxiliam nesse aspecto do jogo. Carregando os tons dramáticos que ocorrem durante o trajeto do herói, as músicas são relevantes e dão continuidade na pressão que o jogo exerce no jogador. Existe também um tom que lembra os desenhos clássicos do Batman e seus filmes mais recentes. Do outro lado, os gráficos estonteantes do jogo também são ponto forte nessa imersão, particularidades como a chuva constante em Gotham ou as expressões faciais dos personagens somam ao conjunto.
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2015 tem se mostrado um ótimo ano para jogos e esse com certeza já possui lugar garantido entre os melhores. Seja você um fã de quadrinhos ou um entusiasta por videogames, Batman: Arkham Knight une esses dois grupos e entrega uma experiência memorável, além de demonstrar um belo fim de franquia.