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O astronauta Mark Watney é enviado a uma missão em Marte. Após uma severa tempestade ele é dado como morto, abandonado pelos colegas e acorda sozinho no misterioso planeta com escassos suprimentos, sem saber como reencontrar os companheiros ou retornar à Terra.
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"Oi, broto!"
Perdido em Marte (The Martian) é um filme que nasceu inspirado em um livro homônimo e despretencioso que chegou a ser vendido na Amazon por 99 centavos. Fizemos uma (não) crítica sobre a obra literária, leia aqui. Apesar disso é preciso deixar claro que este post está livre de comparações, já que eu ainda não li o trabalho do autor Andy Weir (mas pretendo ler o mais rápido possível).
Em 2014 foi anunciado que Ridley Scott seria o responsável pela direção do longa, o que gerou um burburinho na internet, pois o diretor possui uma lista de filmes fantásticos e alguns outros bastante duvidosos. O fato é que ele e o restante da equipe acertaram o tom deste blockbuster. Drew Goddard foi o responsável pela adaptação do roteiro, Harry Gregson-Williams pelas músicas e Pietro Scalia pela edição.
O elenco possui vários nomes que estão em alta no momento, como Matt Damon (Interestelar e profissional em se perder no espaço), Jessica Chastain (Interestelar), Kate Mara (Quarteto Fantástico), Michael Peña (Homem Formiga), Sebastian Stan (Ricki and the Flash – De Volta pra Casa), Sean Bean (Pixels) e ainda Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão), Jeff Daniels (Looper - Assassinos do Futuro) e Donald Glover (Community).
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Depois do sensorial Gravidade e do complexo Interestelar ninguém sabia ao certo o que esperar de Perdido em Marte. Não sentimos por completo a solidão do personagem principal, já que as cenas entre Marte, Terra e a nave Ares III são muito bem dividas. E nem somos bombardeados por conceitos científicos específicos e complicados, mas, obviamente, algumas coisas são explicadas para não deixar o espectador completamente perdido.
O filme surpreende por apresentar uma trama um pouco mais leve e merece destaque por conseguir ser o que todo blockbuster almeja: divertido e interessante para toda família. Por outro lado, isso gera algumas cenas forçadas, como em um momento em que o personagem Mark Watney (Matt Damon) explica em seu diário para a NASA como alguns procedimentos da própria NASA funcionam, ou o fato de uma catástrofe ser completamente previsível para quem está assistindo. São coisas que poderiam ter sido evitadas, mas não interferem muito na qualidade do entretenimento.
O roteiro foi muito bem construído, de modo que a passagem de tempo é rápida mas compreensiva. Não foram adicionados vilões desnecessários, além da natureza selvagem de Marte, e os momentos de alívio cômico são bem pontuados e naturais.
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A maior parte do elenco está muito confortável em seu papel, mas Matt Damon merece destaque por ter acabado de fazer um personagem conceitualmente parecido em Interestelar e ainda assim atuar de uma maneira inteiramente diferente. A personalidade cômica, porém centrada, de Mark Watney é essencial para que o filme se mantenha dentro da proposta, e o casamento entre ator e personagem deu certo.
Fatores técnicos como fotografia e efeitos sonoros também estão bem colocados no longa-metragem. Dê atenção para as músicas que tocam durante o filme, elas sempre trazem uma piadinha ou comentário sobre o que está acontecendo naquele momento. Todo o design de produção executou um ótimo trabalho com o auxílio da NASA, desenhando uniformes funcionais e uma nave plausível, além de todos os equipamentos e o acampamento de sobrevivência marciano.
Enfim, Perdido em Marte é uma ficção científica que vai além do público nerd/geek. É uma maneira interessante e descomplicada de mostrar uma aventura no espaço, com muito bom humor envolvido. Também está em um ótimo timing, já que atualmente se discute cada vez mais sobre expedições para Marte e suas complicações. A exploração espacial, provavelmente, nunca deixará de ser interessante.
"Chupa essa, Neil Armstrong!"