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Greg está levando o último ano do ensino médio o mais anonimamente possível, evitando interações sociais, enquanto, em segredo, está fazendo animados filmes bizarros com Earl, seu único amigo. Mas tanto o anonimato quanto a amizade dos dois é abalada quando a mãe de Greg o força a fazer amizade com um colega de classe que tem leucemia.
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Existem filmes que são obviamente adolescentes. Não pela temática, nem pela idade do elenco; alguns filmes simplesmente são adolescentes. É muito interessante quando uma trama séria te envolve com uma mistura de leveza e sentimento de que, no fim das contas, várias coisas vão dar errado (e de que isso é normal), imitando o sentimento geral da própria adolescência, em si.
O roteiro é escrito por Jesse Andrews, com base em um romance que ele mesmo escreveu, e dirigido por Alfonso Gomez-Rejon. O trio principal é composto por Thomas Mann, RJ Cyler e Olivia Cooke, que contracenam com Nick Offerman e Connie Britton, entre outros. A fotografia é dirigida por Chung-hoon Chung e os créditos da música são divididos entre Brian Eno e Nico Muhly.
Algo que logo chama a atenção no elenco do filme é que a maior parte das pessoas é desconhecida ou relevante apenas no mundo dos seriados de televisão. Isso não impediu, por outro lado, que o diretor apostasse bastante no alcance dramático das personagens do filme, principalmente dentro do trio principal. Algumas vezes esta aposta é muito bem recompensada, mostrando que o elenco está afiado para a tarefa, mas em outras a situação acaba ficando bem forçada.
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O filme gira em torno do drama muito sério de uma garota com câncer, mas faz isso a partir do ponto de vista de dois outros garotos que mal a conheciam antes. Greg e Earl são amigos (ou "sócios", como o primeiro costuma dizer, por causa dos filmes caseiros que produzem juntos) desde a infância e agora, terminando o ensino médio, precisam resolver suas vidas, cuidar da nova amiga, Rachel, e terminar o colegial sem arrumar mais problemas.
Principalmente por causa dos filmes feitos por Greg e Earl, há muitas referências misturadas em caráter de reverência a vários filmes estrangeiros que fizeram um grande sucesso, se consagrando como filmes cult. A brincadeira não podia refletir mais a relação do autor com essas obras, uma vez que todas são apresentadas como homenagem e, ao mesmo tempo, como uma forma de sátira através dos filmes produzidos pelos garotos.
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A trilha sonora do filme é um pouco forçada e não contribui muito para a maior parte dos momentos em que se faz necessária. Sabe ser divertida em alguns momentos, para dar o tom da narrativa, mas não vai além disso quando o clima muda. Provavelmente, um dos pontos mais fracos do filme.
Eu, Você e a Garota que Vai Morrer (Me and Earl and the Dying Girl) é um filme muito simples, que aposta em atores diferentes e em uma abordagem nova para um tema tão abordado atualmente. Tem suas falhas, mas não deixa de ser um filme muito agradável de se assistir. É, provavelmente, tudo que "A Culpa das Estrelas" teria sido se... fosse bom... em uma realidade alternativa... no Mundo Bizarro.