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Henry Palmer é um advogado bem sucedido, conhecido por pegar casos em que o cliente é claramente culpado e reverter a situação. Um pouco depois de voltar para sua cidade natal, em Indiana, para o velório de sua mãe, Henry precisa lidar com um caso difícil e inesperado: Seu pai, um conhecido Juiz na cidade, está sendo acusado de assassinato.
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A memória é a fortuna e a danação de quem se lembra.
Logo pelo trailer, as reações a O Juiz (The Judge) já foram duvidosas: pelo trailer, imagina-se toda a trama do filme. Imagina-se que a personagem de Downey Jr. seja um advogado de prestígio que visita sua cidade natal, decide, no último momento, ajudar seu pai, com quem tem problemas de relacionamento e, no fim das contas, vença o processo e a personagem de Duvall saia como inocente.
Acontece que o filme vai muito além disso. As relações entre Henry e seus familiares, com a sua memória e com a própria cidade é muito mais complexa do que se imagina a princípio. O filme entra em uma crescente de emoções e relações complexas que desembocam em um filme totalmente diferente da promessa de clichê que recebemos no início da história.
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É uma pena que a trama seja a única surpresa deste filme: Robert Downey Jr., por outro lado, dá mais pano para a manga de quem gosta de anunciar por aí que ele não consegue deixar de ser o Tony Stark. Apesar de entregar bastante da complexidade emocional que Henry precisa, Downey Jr. insiste em manter todos os trejeitos de seu vingador armadurado, fazendo várias partes do filme parecerem um fanfic sobre um Tony Stark advogado.
Por sorte, Downey Jr. não é o único Robert nesse filme: Robert Duvall, conhecido pelo seu papel como o advogado e consigliére Tom Hagen em O Poderoso Chefão, vira um monstro e engole a tela. Em cada segundo de aparição, cada microemoção e microrreação é perceptível no rosto do Juiz Palmer. A atuação corporal e de voz também ultrapassa todos os limites que os outros atores conseguem tentar impor durante o filme.
A trilha sonora não tem nada que seja extremamente memorável, mas apresenta alguns bons momentos, que somam na experiência. A fotografia também não apresenta nenhuma característica especial, a não ser quando segue a mesma fórmula pronta de todas as cenas já feitas em um tribunal.
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Em geral, O Juiz é um filme que não tem muita ambição e, consequentemente, não consegue muita coisa. É um bom filme, mas não é nada além disso. É quase surpreendente e chega a ser emocionante, mas não tenta e não chega a ultrapassar essa marca.