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O filme é uma adaptação da história bíblica do Êxodo, segundo livro do Antigo Testamento. Narra a vida do profeta Moisés, nascido entre os hebreus na época em que o faraó ordenava que todos os homens hebreus fossem afogados. Moisés é resgatado pela irmã do faraó e criado na família real. Quando se torna adulto, Moisés recebe ordens de Deus para ir ao Egito, na intenção de liberar os hebreus da opressão. No caminho, ele deve enfrentar a travessia do deserto e passar pelo Mar Vermelho.
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"Há um mar à frente e um exército atrás. Preparem-se!"
Ridley Scott é conhecido por não ter um "estilo único" de produzir filmes, consegue ser versátil, navegar entre vários conceitos e, ainda assim, ser grandioso. Ele carrega longas como: Alien, Blade Runner e Gladiador. Mas parece que faltou ousadia em Êxodo: Deuses e Reis (Exodus: Gods and Kings).
O filme conta com alguns nomes interessante no elenco: Christian Bale, interpretando Moisés; Joel Edgerton, como Ramses; nosso querido Aaron Paul como Joshua, dentre outros. Adam Cooper, Bill Collage e Steven Zaillian são responsáveis pela adaptação do roteiro, e Dariusz Wolski é o Diretor de Fotografia.
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Êxodo: Deuses e Reis é visualmente interessante, apesar de o 3D não ter nada demais, o senhor Scott conseguiu retratar de uma bela maneira, o que se imagina do antigo Egito. É legal ver os gigantescos monumentos, os costumes dos Faraós e como o ouro era utilizado por toda parte. Além disso, as 7 Pragas do Egito foram adaptadas para parecerem "mais realista" (guardada as devidas proporções).
Mas o que Noé (filme de Darren Aronofsky, 2014) no trouxe de mais, com seu roteiro louco e personagens completamente inventados para o filme, Êxodo nos trouxe de menos. Não sou um exímio conhecedor das histórias bíblicas, logo não sei afirmar o quão fiel o filme foi ao antigo testamento, mas faltou dinamismo no roteiro.
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A importância de Moisés para o desenvolvimento da história é colocada em cheque, o personagem até começa a se desenvolver de uma maneira bacana, mas é deixado de lado por muito tempo de tela. Unindo isso a algumas cenas que não acrescentam em nada na história, podemos cogitar se são realmente necessárias as 2h30 de filme.
Quando o interesse de que o filme acabe logo é maior do que a vontade de saber o que vai acontecer com as personagens, claramente dificulta a conexão dos espectadores com a história. Parece que faltou uma pitada de sazón sabor emoção. Êxodo: Deuses e Reis aparenta não ter forças para conquistar o público cristão e nem o público que busca apenas um bom entretimento.
Desculpe pelo pequeno spoiler, mas, apesar do lindo poster do filme, você não verá, desta vez, Moisés batendo seu cajado no chão e abrindo o Mar Vermelho. Por outro lado, o modo que Deus foi retratado é inovador.
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