Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros

SINOPSE
Mais de vinte anos depois dos acontecimentos de Jurassic Park, um novo parque temático chamado Jurassic World, que ocupa toda a ilha de Isla Nublar, está em funcionamento. Para combater a diminuição do interesse do público no parque, cientistas investem em um novo tipo de dinossauro, geneticamente modificado: o Indominus Rex.

"O Parque está aberto."

O Parque dos Dinossauros é, assim como outros filmes já comentados aqui, uma parte indissolúvel da Cultura Pop. Existem diversas referências ao universo apresentado pelo filme de Steven Spielberg em todos os lugares imagináveis, garantindo que até quem nunca viu nenhum dos filmes da franquia conheça alguns aspectos do maravilhoso (e terrível) Parque. Vinte e dois anos depois, Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World) reabre o parque para o mundo.

O filme é dirigido por Colin Trevorrow e estrelado por Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e Jake Johnson, contando ainda com o retorno de BD Wong. A fotografia fica a cargo de John Schwartzman, enquanto a música é coordenada por Michael Giacchino, que aproveita alguns momentos da trilha clássica de John Williams.

Assim como a maioria dos filmes que geraram franquias relevantes e estão voltando este ano, Jurassic World é iniciado, ainda antes do verdadeiro início do filme, com uma pergunta: qual é a ligação entre este Mundo dos Dinossauros e os filmes da trilogia original? A princípio, este filme parece ser uma sequência direta do primeiro Jurassic Park, de 1993. Apesar de as continuações serem consideradas cânone e serem, também, homenageadas aqui, a primeira impressão é de que foram desconsideradas narrativamente.


E por falar em narrativa, é preciso, logo de cara, dizer que esse aspecto não é o mais forte do filme. A estrutura é bastante linear, básica e, na maioria dos momentos, previsível. Os diálogos são bobos e não parecem fazer a menor questão de dizer algo além do que está, de fato, sendo falado. Os títulos das músicas da trilha sonora, cheios de trocadilhos como "The Family that Strays Together" e "Indominus Wrecks", por exemplo, são mais inspirados. Além disso, a discussão sobre o papel do ser humano e da ciência na criação da vida e no controle da natureza, tão elogiada no primeiro Jurassic Park, aqui não passa de um diálogo banal.

O conjunto das personagens também não é o forte do filme. Com exceção das personagens da maravilhosa Bryce Dallas Howard, de Chris Pratt e Jake Johnson (que dá um ótimo tom de humor ao filme e já trabalhou com Colin Trevorrow em outro longa), as pessoas do filme ficam totalmente em segundo plano, se comparadas aos dinossauros. Até mesmo as crianças, que protagonizam boas cenas de tensão, sofrem de uma falta de carisma que é ainda mais acentuada quando colocada ao redor do casal principal.

A trilha sonora faz muitas homenagens à trilha clássica, orquestrada por John Williams, que inclusive causa alguns arrepios quando volta, tímida, em alguns momentos despretensiosos do filme. Além disso, Michael Giacchino consegue trabalhar muito bem os momentos de tensão do filme, criados desde a primeira cena. Usa poucos acordes, mas usa muito bem.


E as homenagens não se restringem à trilha sonora. Existem muitos planos na fotografia belíssima do filme que fazem referência a alguns momentos-chave na trilogia antiga que foram filmados com os mesmos planos (só de rever alguns trailers no Youtube você já consegue constatar isso). Além disso, algumas outras coisas dos filmes clássicos são apresentadas durante o filme levando os fãs à loucura, mas não vou falar sobre os detalhes para não estragar a surpresa.

Em resumo, Jurassic World é um filme bastante divertido e com bons momentos de tensão, que entrega bons momentos e apresenta o universo de Jurassic Park para as novas gerações. Faz ótimas homenagens e conta com a tecnologia a seu favor para mostrar coisas incríveis para seu público, mas se contenta com isso e pode decepcionar o espectador que queira um pouco mais que diversão.

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