Conheça a emocionante história do outro cão que estava abandonado junto com o Happy, de O Cão que Guarda as Estrelas. O irmão dele, que foi deixado para trás na caixa por estar muito enfraquecido. A única pessoa que se interessou pelo cãozinho à beira da morte foi uma senhora solitária, de 70 anos, que também estava decidida a morrer e só queria uma companhia no momento final.
O Outro Cão que Guarda as Estrelas é o segundo volume do mangá desenhado e escrito por Takashi Murakami (veja aqui nosso post sobre o volume um). Foi lançado em 2011 no Japão e em 2015 no Brasil. Apesar de não ser tão emocionante quanto o primeiro, mantém em sua essência a mesma filosofia de vida: é possível ser feliz com pouco, quando se tem alguém para te acompanhar.
Esta segunda edição é basicamente dividida em duas partes: a primeira conta o que aconteceu com o irmão de Happy, o outro filhote de cachorro que também havia sido abandonado. Em paralelo acompanhamos a história de Tetsuo, a criança que roubou a carteira do "papai" de Happy no primeiro volume.
Desta vez, Murakami cria uma dependência de ambos os lados. Nas duas partes da história os cachorros e os humanos necessitam um do outro para (quase que literalmente) sobreviver. Tudo é baseado na fala de uma personagem coadjuvante, que diz: "Sabe que eu acredito que os cachorros já nascem com um dono definido?".
O problema é que, enquanto O Cão que Guarda as Estrelas te emociona de uma maneira sincera e fascinante, O Outro Cão que Guarda as Estrelas usa tantos elementos tristes para desenvolver o enredo que a história acaba perdendo a naturalidade, se tornando caricata demais.
Ainda assim, são contos interessantes com uma temática mais madura, que tenta explicar como funciona esse amor incondicional que um animalzinho sente pelo seu dono e, acima de tudo, como um companheiro pet pode ajudar no desenvolvimento emocional de uma pessoa.
Takashi Murakami disse, em uma carta que fui publicada junto ao mangá na edição brasileira, que escreveu O Outro Cão que Guarda as Estrelas como uma forma de retribuição ao carinho dos milhares de fãs, que mandaram mensagens calorosas para o autor. E, de fato, este volume é uma espécie de fan service. Logo, se você gostou do primeiro volume é muito fácil gostar do segundo. Não chega a ser tão envolvente, mas certamente vale a leitura.