Star Wars: O Despertar da Força

SINOPSE
Muito tempo após os fatos de "O Retorno de Jedi", encontra-se a Primeira Ordem, uma organização sombria iniciada após a queda de Darth Vader e do Império. O grupo está em busca do poderoso Jedi Luke Skywalker, mas terão que enfrentar outro grupo em busca de Luke: a Resistência, liderada por Leia.

Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante, surgia Uma Nova Esperança. Em uma década em que os blockbusters, como conhecemos hoje, eram apenas apenas raios de luz que começavam a iluminar os bolsos dos grandes estúdios, o cineasta George Lucas apresenta um filme que mistura ação, aventura e misticismo em um universo de faroeste intergaláctico. Em 2015, quase quarenta anos depois, sob o comando da Disney, J.J. Abrams escreve mais um capítulo nesta história com seu Despertar da Força.

Escrito a seis mãos, o roteiro é dirigido por J.J. Abrams e estrelado por Daisy RidleyJohn BoyegaAdam DriverOscar Isaac, além dos já conhecidos Harrison FordCarrie FisherMark Hamill. A fotografia é dirigida por Daniel Mindel (creditado como Dan Mindel) enquanto a trilha sonora fica a cargo do lendário John Williams.

E não é como se a Força tivesse acordado no meio da noite para beber um copo d'água e voltar a dormir. Este Episódio VII traz todo o universo de Star Wars para um nível muito alto e familiar para os fãs da franquia, ao mesmo tempo em que apresenta novos elementos que, se tudo der certo, renderão vários outros filmes tão bons quanto este.


Se a preocupação era de que tudo mudasse, agora que a franquia está sob o comando da Disney, é com uma alegria imensa que eu digo: estamos em casa. Digo isso pois é possível que O Despertar da Força seja o filme de Star Wars mais "Star Wars" desde O Império Contra-Ataca. O filme tem o clima aventuresco de Uma Nova Esperança, mas também consegue ser intenso e mergulhar na mitologia daquele universo como o amado Episódio V (para mim, o melhor da série). O encontro das gerações, aliado a frases-chave apresentadas nos trailers, mostra a que este filme veio.

A fotografia e a trilha sonora têm uma grande influência nessa similaridade entre o novo filme e a Trilogia Clássica. Existe um trabalho, quase artesanal, em utilizar o máximo de efeitos práticos possíveis, tornando a experiência ainda mais agradável. Percebemos que todas essas tentativas não são exatamente de emular ou imitar o que era feito nos três primeiros filmes da franquia, mas sim de remeter e homenagear. É uma coisa muito bonita de se ver.

Mesmo sendo o sétimo episódio de uma série, o filme pode ser visto por alguém que não viu todos os filmes anteriores. Além de ser autoexplicativo, apresenta tantos espaços em branco referentes a estes trinta anos que se passaram, que quase chega a colocar todos no mesmo patamar de entendimento do que está acontecendo ali. É claro que existem muitas referências para recompensar os que se prepararam para ver o filme, mas nada que chegue a prejudicar narrativamente.


Um ponto aqui que funcionou melhor que nos filmes anteriores foi o humor. A premissa de apresentar personagens de origens (e até mesmo idades) variadas poderia dar muito certo ou muito errado. Felizmente, todas as interações são muito interessantes e funcionam muito bem. Mesmo tendo diversos personagens relevantes em tela, todos eles conseguem ter seus momentos sob os holofotes, principalmente quando estão trabalhando em duplas.

O Despertar da Força, como o próprio nome sugere, representa uma nova era para Star Wars (dentro e fora das telas), já que a Disney anunciou a intenção de fazer mais quatro filmes, sendo dois com a história principal, um sobre um Jovem Han Solo e o "Rogue One", sobre o roubo dos planos da Estrela da Morte.

Este é um filme que pode ser visto tanto pelos fãs da franquia quanto por aqueles que não viram todos os filmes, mas se interessam por aventuras especiais divertidas e intensas. Tem potencial para agradar crianças, adultos e até aquele tio que diz que as coisas eram muito melhores no tempo dele.
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