Amaldiçoado com a imortalidade, o caçador de bruxas Kaulder é obrigado a enfrentar mais uma vez sua maior inimiga e unir forças com a jovem bruxa Chloe para impedir que uma convenção espalhe uma terrível praga pela cidade.
Nem toda produção cinematográfica almeja ser um grande clássico. O Último Caçador de Bruxas é um ótimo exemplo de um blockbuster com um enredo quase bobo mas com o mínimo de profundidade necessária para não ofender o espectador. É normal inferir que este é o tipo de filme pensado para angariar alguns milhões de dólares, porém é triste quando produções do gênero se esquecem que entreter também deve fazer parte do objetivo.
Breck Eisner (A Epidemia) é o responsável pela direção e o roteiro foi escrito por Cory Goodman, Matt Sazama e Burk Sharpless. O elenco conta com Michael Caine (Interestelar), Elijah Wood (O Senhor dos Anéis), Ólafur Darri Ólafsson (A Vida Secreta de Walter Mitty), Rose Leslie (Game of Thrones) Julie Engelbrecht e Vin Diesel fazendo papel de Vin Diesel (Velozes & Furiosos).
O longa começa apresentado um cenário de fantasia medieval muito bem construído (um deleite para jogadores de RPG), que se torna o pilar principal para o desenvolvimento da trama que
Em um universo potencialmente interessante, onde a magia e a tecnologia coexistem, são inseridas muitas personagens com habilidades extraordinárias, porém rasos e subdesenvolvido, como a "insegura" feiticeira Chloe (Rose Leslie) e até mesmo os membros do conselho bruxo, responsáveis por manter o acordo de paz entre as raças. Aqui, mais uma vez, as pequenas pinceladas de conteúdo entram em contraste com a vontade do estúdio em permanecer na zona de conforto, falta a ousadia de um personagem que desafia o público a pensar.
A execução dos quesitos técnicos não deixa a desejar. Os efeitos especiais dos feitiços somados aos detalhes de estratégia de batalha - como o modo em que Kaulder (Vin Diesel) transforma sua espada em uma arma flamejante, logo no início do filme - são empolgantes. Este é um dos fatores que mantém o espectador interessado no resultado da trama.
Por fim, O Último Caçador de Bruxas assina seu atestado de "não me leve a sério" quando coloca nosso querido Vin Diesel para dirigir um supercarro sport que, certamente, o Dom aprovaria. Não é um filme para refletir e nem gerar grandes discussões entre os amigos, é um "pipocão" para aquelas noites de cansaço onde você não quer se preocupar com o que está assistindo, mas também não quer dormir no meio do caminho.
