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A jornada de Stephen Hawking é apresentada, aqui, através do ponto de vista da mulher que o deu cuidados e amor durante os anos mais difíceis de suas vidas.
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"Onde há Vida, há Esperança."
Grandes pessoas entram e saem do nosso Mundo, geralmente deixando algumas contribuições para a História, que incluirá seu nome em seus livros. A essas pessoas, nós devemos honrar e homenagear. Mais importante que isso seria a homenagem, no tempo certo, a essas pessoas. Honre os Vivos, já dizia o velho ditado. E é com esse intuito que surge A Teoria de Tudo (The Theory of Everything), sobre o físico teórico Stephen Hawking.
Baseado no livro "Travelling to Infinity: My Life with Stephen", escrito por Jane Hawking, o roteiro é assinado por Anthony McCarten e dirigido por James Marsh. Eddie Redmayne e Felicity Jones estrelam o longa, no papel de Stephen e Jane Hawking, respectivamente. Jóhann Jóhannsson é o responsável pela trilha sonora. A Teoria de Tudo concorre ao Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado, entre outras.
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Por ser baseado em um livro escrito pela Jane Hawking, a parcela da vida de Stephen antes do encontro dos dois que é mostrada no filme é muito pequena, assim como o primeiro ato como um todo. O ritmo das coisas é bem acelerado, dando um tom muito dinâmico ao filme. Logo no início já é dada a notícia sobre a condição médica do protagonista, que já está a caminho de seu PhD. Isso seria interessante, se o filme não diminuísse totalmente o ritmo depois do casamento dos dois, refletindo a pressa em chegar aos momentos dramáticos.
É claro que esse seria um esforço extremamente válido, se o drama não fosse sub-aproveitado. Eddie Redmayne está excelente no papel (alguém dê um Oscar pra ele!), mas, mesmo com sua atuação excelente, não consegue carregar o filme todo nas costas. Não existe, por um segundo sequer, a menor impressão de que sua Stephen sente frustração ou tristeza por sua condição, a não ser nos momentos iniciais do filme, que, como foi dito antes, duram tanto quanto um trailer. Por mais que sua doença se mostre cada vez mais cruel e implacável, o protagonista está sempre com um sorriso no rosto e, no máximo, uma cara de preocupado. O texto, em si, não dá uma fala de preocupação para ele.
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Mas é claro que, em questão de performance, o texto não atrapalha Eddie Redmayne e nem a
A fotografia do filme também impressiona. Usando diferentes cores para mapear diferentes momentos da história e estados de espírito, passando por dourado, azul, vermelho etc., conta-se um resumo da história através das cores. O filme acaba se mostrando um pouco didático com esse recurso, uma vez que não aplica qualquer sutiliza na utilização deste. Mas, mesmo assim, é bem interessante.
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Em resumo, é um bom filme, com ótimas atuações e uma ótima trilha sonora, que consegue ser bem emocionante, mas... que não vai muito além disso. Infelizmente, não foi dessa vez que Stephen Hawking ganhou uma cinebiografia a nível de sua história.